Dor
Já se passaram quase dois meses desde o fatídico acidente que mudou minha vida. Embora eu me sinta mais forte hoje, ainda não alcancei a plenitude da recuperação.
É interessante como sobrevivi a dias na UTI, com ferimentos internos e externos, encarando a possibilidade de cruzar a linha entre a vida e a morte. A dor intensa que experimentei antes de perder os sentidos era como estar afogado em um tanque cheio de água, insuportável e esmagadora.
No entanto, por que a dor da perda de um amor parece transcender todas as outras? Parece que lidar com a dor física é mais tangível do que lidar com as cicatrizes emocionais que um coração partido carrega.
A dor da alma pode ser mais penetrante do que qualquer agonia física. Refletindo sobre isso hoje, chego à conclusão de que não devemos ser aqueles que causam feridas, mas sim aqueles que têm a capacidade de curar.
A compreensão dessa importante lição me conforta e me leva a pensar em como posso seguir em frente, não só física, mas espiritualmente fortalecido.
O poder de cura está em nossas mãos, e devemos usá-lo com sabedoria e compaixão para aliviar o sofrimento dos outros e a nós mesmos.
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