Excelência na permanência

A morte das estrelas, essas gigantes do universo, nos lembra que até o que parece mais brilhante e duradouro um dia se apaga. A verdade é simples e profunda: tudo passa. Nada é eterno neste mundo físico. Mas isso não deve nos levar à negligência, e sim à consciência. À escolha de viver com intenção, com cuidado, com excelência.

Existe algo poderoso no fato de que, mesmo diante da finitude, podemos deixar marcas. Somos importantes. E se pensarmos bem, a palavra importante carrega em si um sentido profundo: ser importante é importar alguém para dentro de si. É permitir que o outro viva dentro da nossa memória, da nossa emoção, da nossa história. E vice-versa. Quando alguém é importante para nós, ele habita nosso coração.

Nossas ações, nossas palavras, nossas obras, tudo isso carrega a capacidade de tocar vidas. E enquanto formos importantes para alguém, de alguma forma seguimos vivos. Somos lembrados, somos sentidos, somos presença na ausência.

É aí que, paradoxalmente, nos tornamos eternos. Não pelo tempo, mas pela memória. Não pela matéria, mas pelo significado. A excelência, então, é a forma que temos de honrar essa possibilidade: deixar no mundo não algo que dure para sempre, mas algo que seja inesquecível.

Cleiton dos Santos 

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