QUAL O SENTIDO DA VIDA?

A maioria das pessoas não se faz essa pergunta. Seriam elas felizes por não questionar sua existência? Seria eu então  infeliz ao ponto de buscar um sentido pra vida?

E se eu fosse uma criança que ainda não tivesse sido influenciado totalmente e minha razão enquanto um ser civilizado ainda não estivesse formada. Se fosse abandonado em uma floresta, tendo de criar meus próprios meios à sobrevivência. Voltaria então à forma rude ao qual um animal vive? Somos civilizados por que a evolução do conhecimento nos permitiu  isso. Dominar, descobrir e criar tudo ao qual conhecemos só nos foi possível por que aprendemos a compartilhar o conhecimento adquirido, como em uma construção onde cada operário tem um papel imprescindível, vão se construindo estruturas de uma evolução. O edifício do conhecimento humano. Mas, se tudo ao qual possuímos desde a casa que moro, a roupa que visto a própria língua é de criatividade e conhecimento humano, porque uns tem mais riquezas outros tem menos? Se o conhecimento é uma herança por que preciso pagar para obtê-lo? Por que apenas um diploma diz se sou capacitado ou não? Ao que me parece, acumular é o verdadeiro sentido da vida pra eles. Para mim conhecer é o que realmente me faz sentir parte. Não quero ser apenas mais um no pálido ponto azul do universo, quero sentir que realmente faço parte de algo maior, maior do que acumular riquezas.

Desde que nos seres humanos desenvolvemos essa característica de observar o meio em que vivemos há uns 10.000 anos atrás, falo do povo civilizado, sedentário, visto que os povos nômades mantem ainda hoje suas características primitivas, buscamos compreender o nosso meio e explicar os fenômenos. De início acreditávamos que se cavar ate o mais profundo chegaríamos a enormes quatro grandes pilares em cima de quatro grandes elefantes que por sua vez estavam em cima de uma tartaruga gigante e flutuando sobre um grande mar. A terra era uma estação de água por aonde a água vinha de algum lugar acima passava pela terra e caia no fim de um plano esférico. Parece bizarro, no entanto pensávamos assim.

Na Grécia a terra ainda era plana, mas tinha-se uma compreensão um pouco mais científica, com um bastão ao chão era possível prever onde o sol estaria. Alguns planetas ( errantes ) estavam sendo estudados. Porem a terra e o homem ainda era o centro do universo, e a Grécia estava no meio de tudo.

Ao ponto que se criou telescópios pra observar o céu chegou-se a conclusões que nos abalaram, não éramos mais o centro do universo. À medida que a tecnologia se desenvolveu parecemos cada vez estar mais sozinhos. Quando o telescópio Huble foi apontado para o campo do espaço profundo, estrelas nascendo e morrendo foram descobertas, galáxias colidindo umas com as outras. Um universo evidentemente em expansão que nos torna cada vez mais insignificantes. Sempre haverá o que aprender. No entanto existe um limite, eu sei que vencemos o limite varias vezes em que foi dito que não chegaríamos tão longe. Nossa mente é incrivelmente fantástica, ao mérito de grandes pensadores e estudiosos.

O fato é que quanto mais buscamos um sentido pra vida mais desesperados ficamos, tudo indica que fomos feitos para viver a vida, não para entendê-la. Queremos encontrar a verdade, reunir os fatos, só que às vezes você descobre que a verdade é uma merda.

Os animais, as plantas, os insetos nascem prontos, todo sabem o que precisam fazer e como o fazer desde o inicio. Uma aranha sabe como tecer suas teias sem sua mãe  a ensinar, mas, nós humanos mesmo não  sabendo tecer podemos aprender a faze-lo e de diversas formas, enquanto a aranha fara a mesma teia durante toda sua vida. Acredito que o verdadeiro sentido da vida para nós é "dar um sentido a vida" e aprecia-la da melhor forma.

 

-Cleiton dos Santos

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